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ANDRÉ ASPAS CARDOSO ASPAS - 22.04.03
por DaNa
originalmente publicada no e-zine Electronic Alternative Resistance - 013
.....::::: E-NTREVISTA :::::.....
@ ANDRÉ ASPAS CARDOSO ASPAS
As perguntas da entrevista foram pro mail antigo do André Czarnobai. Ele tocou semana passada na Eletrochilli. Rolou no Ocidente, e ele contou como foi.
[E-ar] Dentre as festas que rolaram nesse fim-de-semana, teve a Eletrochilli que tu tocaste, certo?
[Cardoso] Certo. Toquei e tava ducaralho. Demorou um pouco pra encher mas ficou bem povoada a festinha. Começou bem techno, foi ficando mais garage com um set muito arrasador do Renan (da Parafuso). Putz, o cara se puxou muito com uns big-beats muito legais. Depois, a partir das duas entrou drum'n'bass até o Ocidente fechar. Sério, o próprio Firpo veio nos dizer pra encerrar a festa. Tá certo que eram quinze pras cinco e só tinha tipo oito pessoas na pista, mas a gente ia continuar até o dia nascer, se deixassem. Tava muito boa a festa, uma das melhores Eletrochilli até agora.
[E-ar] É um mix de pessoas da comunicação que se encontram com a e-music. A proposta é essa?
[Cardoso] Não, até onde eu sei a proposta é fazer uma festa de música eletrônica onde algumas pessoas que tem alguma relação com a e-music ou simplesmente gostam de diversos estilos da e-music colocam a sua seleção particular, tentam fazer as pessoas dançarem ao som daquelas músicas que elas curtem. Coicidentemente, muitas pessoas que colocaram som ao longo das Eletrochilli tem alguma ligação com a comunicação: publicitários, designers, fotógrafos e jornalistas. Mas tipo, nas duas vezes que eu botei som eu chamei o meu irmão pra dar uma força e na festa de sábado agora o Firpo convidou um amigo - o Maurício -, então da nossa parte sempre vai rolar uma integração.
[E-ar] Quem está organizando o evento?
[Cardoso] A Cláudia Schumacher e a Taís Scherer, as mesmas gurias por trás da Balonê, das Quartas Quebradas, das saudosas Full Moon... Mas tenho a impressão de que esse evento não é assinado pela Neurobeat, que é o nome da produtora que elas tem com a Ale Marder.
[E-ar] Qual o público que frequenta as Eletrochillis?
[Cardoso] Gente que gosta de dançar ao som de música eletrônica, o que é obviamente um público bastante variado. Nas Eletrochilli tu vê de tudo: galera GLS, clubbers, uns rockers meio deslocados, jornalistas, publicitários, até umas pintas de camisa pra dentro das calças e sapatinho. O mais afudê é ver que na hora que o som pega todo mundo tá dançando e pra mim é isso que vale.
[E-ar] O que tu toca? Tem um playlist definido?
[Cardoso] Sempre que eu coloco som eu chamo o meu irmão pra tocar junto, primeiro porque ele gosta e segundo porque a gente compõe sempre junto, então nada mais justo. Um tempinho antes da festa a gente monta um set básico, mas ele sempre acaba se modificando conforme o público vai respondendo. O que a gente sempre faz é tocar pelo menos uma música nossa, pelo menos um jungle e pelo menos uma música que a gente sabe que NINGUÉM toca na noite. O resto surge no improviso mesmo.
André "Cardoso" fez parte do CardosOnline, e-zine da primeira geração que inspirou muita gente, como E-ar, Argumento, Alfinete. Tem o projeto Organizers de música eletrônica.
@ DRUMBA PRAS MASSAS
por DaNa
originalmente publicada no e-zine Electronic Alternative Resistance - 033
Fiquei espantada para o bem quando recebi o flyer dessa semana da Neo das mãos da Tati Suarez. Drumba para as Massas. Esse projeto já tinha acontecido no Garagem Hermática mas agora na pista principal da Neo, no sábado? Uau. Sinal que o povo quer drum'n'bass e conseqüência de que esse estilo de música eletrônica tem sido uma dos mais difundidos em Porto Alegre.
A popularidade é notável: Quarta Quebrada até as 5h da manhã na Liquid, Projeto DBM do Carlos NC pegando. E agora a pista principal da Neo. O que isso significa? Organizers e Marcelo Firpo tocando no clube. Pelas palavras do próprio Firpo: "Tô tri feliz em tocar lá mais uma vez, agora na pista principal. Resolvi entrar nessa história de tocar única e exclusivamente pelo drumba, que é um estilo que eu adoro, que renovou o meu interesse pela música eletrônica."
A primeira vez que o Marcelo Firpo tocou foi na Eletrochilli. "Foi tão absurdamente legal, uma sensação tão boa ver as pessoas gritando a cada música nova que entrava, que eu resolvi levar isso um pouco mais a sério, e dai fui fazer um curso com o Fabrício Peçanha." De lá pra cá, o futuro dj comprou uns toca-discos, começou a investir em vinis, fez um cursinho de produção com o Ramilson Maia... "Tô sempre pronto pra tocar quando me convidam, geralmente com os Organizers (Cardoso + Nes). Ainda tô começando, tenho MUITO que aprender, mas tô curtindo demais tudo isso."
Já a Organizers é um projeto de drum'n'bass e breakbeats criado pelos irmãos João e André Czarnobai (também conhecidos como Nes e Cardoso, respectivamente) no final de 98. As músicas não seguem uma linha definida e transitam entre todos os gêneros do drum n bass, do jazzy ao ragga jungle, passando pelo hardstep e o ambient. Todas as faixas são criadas no estúdio montado na casa dos dois, em Porto Alegre.
Perguntei para o Marcelo se ele tinha alguma preocupação com o público e repertório e ele respondeu: "Tiro um pouco por mim: quando apareceu o drum'n'bass, eu já andava meio cansado das batidas retas, e aquilo foi praticamente um recomeço dentro da música eletrônica. As influências de reggae e hip hop, a facilidade que esse estilo tem pra se misturar com a MPB, tudo isso colabora pra que ele possa ser assimilado por um número maior de pessoas. Tenho uma baita preocupação em não espantar as pessoas da pista, mas também em não tocar só o que todo mundo conhece, e procuro manter um equilíbrio entre esses extremos."
Sobre tocar na Neo, o André fala: "A única coisa que a gente pensa (sempre tocamos juntos, eu e o meu irmão) é em levar as músicas mais dançantes o possível para a pista. Geralmente começamos com um lance mais jazzy, ficando progressivamente mais tech-step ao longo da noite. Na finaleira, a gente coloca uns jungles cavernosos pra fazer o famoso "limpa-pista". E Firpo completa: "Queria agradecer a todos os djs e pessoas ligadas à e-music de POA que têm me dado força e convidar todo mundo a aparecer lá na Neo sexta pra ver 3 djs novinhos, que rateiam um pouco aqui e ali, mas têm muita vontade de tocar drum'n'bass e fazer a galera dançar"
@ DRUMBA PARA AS MASSAS - NEO - 4/5
por DarkSpark
originalmente publicada no e-zine Electronic Alternative Resistance - 034
Quatro de maio de 2002. Sexta-feira. Hoje é o dia do drum'n'bass. Nada mais, nada menos que "Drumba para as Massas" na pista principal do NEO. Óbvio que eu não iria perder.
Cheguei na Neo, perto da meia-noite e não tinha ninguém lá na frente com exceção do cara que cuida da portaria. Entrei: pouca gente, umas dez, talvez onze pessoas. Comecei a dançar, na pista só estava eu e o Cardoso do Organizers ao som do drumba do Firpo.
Começou a encher de repente, lá pela 1h já tinha um espaço limitado para dançar. Logo depois do Firpo, entrou um tal de Maurício, não tinha muito estilo definido, tocou um som de qualidade, dancei pacas, mas ele absolutamente não conseguia mixar. Aliás, como a maioria dos djs da noite. Eram drumbeiros malucos se aventurando a ser dj. Bingo! Muito divertido, pouca técnica, nenhum estilo contínuo, mixagens toscas, deu pra rir bastante e curtir som de quem é fanzão de drum'n'bass.
Maurício tinha um ótimo vibe, aí vieram os irmãos do Organizers. Destruíram, sonzera confirmada, mixagens um pouco estabanadas seguidas de visíveis sinais de "não" com a cabeça por parte do Cardoso. Foi aí que eu destruí as minhas pernas, acho que ando dançando demais.
Depois do Organizers, voltou o Firpo e ainda depois os Organizers. Noite de DnB farta dentro do Neo. Quem diria? Chegando perto das 4h da manhã, entrou o Double S para encerrar a noite brumba e começar os agitos techno. Decidi dormir o resto da noite até a hora de ir embora, pois minhas pernas não agüentavam mais de tanto mexer.
E viva ao drum'n'bass! Parabéns ao pessoal, e que estas festas sempre se repitam.
Câmbio, desligo.
# GENERO=0006 REGIAO=20001028 :: EMUSIC DE PORTO ALEGRE AO ALCANCE DO MUNDO
por Techno Mustang
originalmente publicada no e-zine Electronic Alternative Resistance - 054
Você ja deve ter ouvido falar do MP3.COM.
Criado no auge do boom da web por Michael Robertson (capaz de façanhas como lançar o Lindows, sistema operacional bolado para enfrentar Linux e Windows) ele é um exemplo de modelo de negócio bem sucedido na web, tanto que foi vendido ao grupo Vivendi Universal por uma grana preta, na época em que todo mundo estava quebrando na internet.
Bom, vamos ao que interessa, o atalho abaixo leva você à Porto Alegre no MP3.COM [http://golocal.mp3.com/gir?genre_id=0006&geo_id=20001028].
A importância desta página é significativa.
A parada é o que menos importa, pois os nomes estão sempre se revezando. O que vale é a variedade de conteúdo e estilos. Lá você encontra nomes conhecidos, como Flu, Organizers, Ticiano Paludo, Projeto Hyper, Spleen, Carregados mas tambem novidades como Gemina, Cabare 101, Fodasko Man, Cool Fool, entre outros. O legal é que a maioria dos artistas permite que você faça download das músicas gratuitamente. Então você poderá ter em seu micro uma bela coleção de sons legais da e-music de Porto Alegre. Além disso você pode enviar um form para trocar idéias com o produtor, e até montar uma web rádio. É de fato a janela mais visível e democrática da e-music de Porto Alegre para o Mundo. Que eu lembre não há outro site em que você encontre tanta coisa produzida aqui para baixar. Ainda faltam alguns nomes mais conhecidos da cena portoalegrense lá, para qualificar de vez a página (espero que eles coloquem logo lá suas músicas), mas o espaço está sendo bem aproveitado por produtores que querem lançar sua "message in bottle" no mar da web.
É mais um feito da galera de PoA. E faz parte do que acontece por aqui. Dê uma chegada lá e confira. Com certeza algo vai te agradar. Inovação e Talento não faltam.
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