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Pixel Show Porto Alegre 2010 kamikase gonzo: 0% de revisão
Publicado originalmente no blog Bugio, em abril de 2010
PARTE UM
Ok: confesso: ODEIO acordar cedo. Muito mesmo. Mesmo assim, quando o despertador SONOU hoje, um ensolarado SÁBADO, às 9h da manhã, procurei não me EXALTAR. Afinal de contas, estou mesmo acostumado a viver do AVESSO: enquanto TODOS passam seus dias levantando CEDO e reservam os fins-de-semana para deixar que o SONO ultrapasse a fronteira do meio-dia eu faço o CONTRÁRIO: durmo até quinze pra uma de segunda-a-sexta e reservo sexta-e-sábado prum mais PRECOCE despertar. O motivo, ao menos neste comecinho de outono em Porto Alegre, é NOBRE: tem Pixel Show no Gasômetro - e é pra lá que eu vou.
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É pra CÁ, aliás, que eu vim: a Usina do Gasômetro, outrora centro ENERGÉTICO fundamental para o Porto dos Casais, OPERA agora como ABRIGO cultural, sem limites. Um espaço democrático às margens do rio para curtir e RELAXAR enquanto se alimenta o INTELECTO da brisa mais SALUTAR. Dois andares INTEIROS abraçam o Pixel Show como uma criança FOFA faria com um cachorro MANSO, um ursinho PARDO recém lavado, rescendendo à LAVANDA e PINHO. No primeiro, algumas atividades INTERATIVAS: telas e paredes implorando por CORES (digitais e orgânicas). No segundo, ESTANDES, biriri e o salão de conferências, palco da GLÓRIA e do TERROR dos nossos protagonistas.
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Na minha lógica TORPE, os segundos serão os primeiros. Assim, dedico meus primeiros comentários ao SEGUNDO andar da Usina, centro NERVOSO de todo o Pixel Show. Surpreendentemente POPULADO para uma manhã de sábado relativamente FRIO (apesar de ensolarado) em Porto Alegre, o espaço oferece algumas sinceras CÓCEGAS ao cérebro do visitante. Uma delas é a galeria de arte em POST-IT organizada pela rapeizo da PERESTROIKA, a notória escola de criatividade do BURGO. O funcionamento é simples: retira-se um POST-IT com um dos representantes; ILUSTRA-SE o POST-IT; e PREGA-se o POST-IT em uma parede. O melhor (parece) ganha um CURSO na instituição de ensino.
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Quando eu era pequeno e sabia inglês, CUSTOM era sinônimo de FANTASIA. Décadas depois não apenas APORTUGUESARAM como transformaram o CUSTOM em VERBO, que se disseminou de forma quase EPIDÊMICA pelo universo essencialmente PUBLICITÁRIO em que todos (co)existimos. Dito isto: CUSTOMIZAÇÃO é a palavra-forte no Pixel Show. Quase tudo que se ENXERGA pode ser ADAPTADO, atropelado, modificado e moldado de acordo com os gostos do VIVENTE. Exemplo disso é a coleção de garrafas que a própria Keep Cooler está expondo bem no meio do evento. Por sinal, LITERALMENTE bem no meio: se for feito um estudo GEOMÉTRICO, aposto 30% dos meus GANHOS que fica PRECISAMENTE no MEIO do segundo andar o ESTANDE da Keep Cooler, que DEMONSTRA uma pequena série de garrafas (adivinhe) CUSTOMIZADAS por uma PENCA de artistas renomados. Minha preferida: TRIDENTE. Menção honrosa praquela com as sereias negras suspensas numa solução CREMOSA.
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Se os ARREDORES do auditório onde rolariam as palestras já me parecia LOCUPLETADO de boas-almas à procura de nutrição MENTAL, seu interior revelaria um retrato ainda mais feliz: RECHEIO TOTAL. A lotação era MÁXIMA para a primeira palestra do dia, conduzida por um cabeludo MARCELO BALDIN, que no decorrer de uma hora inteira dividiria com a platéia suas aventuras de SOUND DESIGNER INTERNACIONAL, mostraria foto provocante de namorada (brinks) e renderia LOAS fatais ao mestre maior da barulheira insandecida APHEX TWIN (e com esse movimentio ganharia milhares de pontos com esse que vos fala). Baldin só foi um pouco prejudicado pelo CALOR acachopante que insistia em fazer no local, problema, aliás, que viria a se repetir com TODOS os palestrantes ao longo do dia.
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Nossas PANCINHAS já começavam a RONCAR quando subiu ao palco uma das grandes atrações do primeiro dia de Pixel Show, por volta do MEIO DIA. Miguelito Pulpo (mentira: o nome do cara é FERNANDO) é DIBUJADOR de mão cheia. Conhecia o seu trabalho de vinhetas de canais da rede Fox e do acervo da minha galeria online, baixocalão, mas IGNORAVA frontalmente o seu VIÉS de GAME DESIGNER. Simplesmente FANTÁSTICO cada um das DÚZIAS de games que nos mostrou nessa manhã de sábado o CASTELHANO. Trabalha mesmo muito bem essa MPGames, empresa na qual ATUA na ARGENTINA. Fiquei ainda mais fã. Sobre este debate, um ADENDO: não precisava da tradução. Em Porto Alegre, espanhol todo mundo entende: ainda mais um tão bem DITO quanto o deste PORTEÑO. Rolou momento constrangedor quando tradutor deixou o palco sob APLAUSOS da multidão. Minutos antes, dezenas de participantes abandonaram a sala, em DESGOSTO. Not very nice.
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No intervalo reservado para o almoço, acompanhei Rafael Grampá - palestrante DOMINICAL, talvez o nome mais esperado desse Pixel Show -, sua bela Cacá, o amigo René Goya e o casal Cássia Zanon & Márcio Pinheiro em INCURSÃO à tradicional galeteria DON NICOLA, endereço portoalegrense famoso pela foto da cabeça do proprietário aplicada ao corpo de um galináceo exibida logo na entrada, a menos de meio metro do balcão do caixa. Outra particularidade digna de nota do local é o FRANGO PRENSADO, que pedimos e consumimos com VIGOR juvenil. Durante a CEIA, debatemos assuntos ligados ao design (mentira), arte (mentira) e cultura (mentira). Garçom com a barba mais ALTERNATIVA da casa foi quem nos atendeu: seu desenho nos lembrava as PRESAS de uma boa FORMIGA. No carro, na volta, Rafael Grampá dormia; não lembro se roncava. Cacá sorria. Prevejo que domingo será um grande dia.
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De volta à Usina, dispondo de algum tempo em minhas mãos, optei por ESQUADRINHAR maciamente o perímetro. Sentei num PUFE de frente pruma enorme parede, TAPADA de cartazes de cima a baixo. À minha esquerda, alguns estudantes ARRUINAVAM completamente uma tela, cobrindo com um SPRAY de tinta preta uma camada ANTERIOR de tinta preta. O perfume SOLVENTE me amortecia. Às minhas costas, uma gordinha alternativa botava som. Não era mau. Depois de apreciar a MOSTRA em um nível puramente PICTOGRÁFICO, dei aquele BIZU esperto num cartaz de EXPLICAÇÃO. Basicamente, a exposição organizada pelo Estúdio Cores é uma BATALHA entre o PRINT e o INK, ou seja: originais feitos à mão versus SERIGRAFIAS. Várias boas telas, aqui. Gosto muito dos PRINTS de Diego Medina e Bicicleta sem Freio (de Goiânia); e da mesma forma NUTRO apreço pelos INKS de Rafael Chaves e do mestre Pax.
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No auditório, o lendário GRIPE fala sobre a SANTA, seu estúdio de MOTION DESIGN que resistiu às pressões do pós-modernismo e segue ATUANDO fortemente a partir de Porto Alegre para todo o mundo. GRIPE, reza a lenda, tornou-se CÉLEBRE na cidade ao espalhar um STENCIL de CADEIRA nos muros do Bom Fim, Cidade Baixa e arredores, no final dos anos 90. Hoje em dia ANIMA pra SONY, Close-Up, Fox e ADIDAS, além da MTV. Nada mau, eu diria. Nada mau MESMO. Faz ainda MAIS calor agora, mas a platéia segue IMENSA, a exemplo dos SOLILÓQUIOS precursores matutinos. Enquanto isso, do lado de fora, no stand da Sony, um magrão de boné e RABINHO está prestes a terminar GOD OF WAR III, um dos lançamentos mais esperados do ano para o PS3. Pequena platéia de TIAS comemora seus avanços. Ele sorri, se REGOZIJA, celebra. É um momento único.
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Encontrei muita gente conhecida nesse Pixel Show, mas (graças ao bom Jah) também conheci muita gente nova por aqui. Destaque total para o Camarada do Pixo descrito como “ele já serviu ao exército” por amigo em comum. Camarada do Pixo conhecia vários amigos meus que militam no PIXO, mas mesmo tendo conversado com ele por quase uma hora, não conheci seu NOME. Sei que desenhou lindo CRÂNIO DOURADO antes que os CAPS de suas TRÊS latinhas entupissem, usava cápsula de PROJÉTIL de fuzil DEFLAGRADO como PINGENTE de corrente, possuia quantidade CAVALAR de balas de Coca-Cola para distribuição amistosa e veio a Pixel Show para ver a palestra de Diego Maia, CONCEPT ARTIST e MODELADOR 3D. Uma das melhores do dia, a palestra muito técnica e detalhada de Marcelo FASCINOU a platéia. Aplausos mais intensos que ouvi - o que é sempre um bom sinal.
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Quando a palestra do Diego Maia chegou ao seu fim, algo de MÁGICO havia acontecido: aquela tela que havia sido previamente ANIQUILADA por alguns estudantes de design FORA fabulosamente RESGATADA por um (ou mais?) grafiteiro(s?) de fé. No lugar do BREU perturbador brilhava agora LUSTROSA e verdejante TAG no melhor estilo OLD SCHOOL de NEW YORK. Parece que alguém andou fazendo a lição de casa, aqui. Well done.
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A noite já engolia a cidade há MUITO quando os últimos ENTUSIASTAS deixaram a mesa redonda que Marcelo Ferla comandou com todos os palestrantes do dia para se juntar à TURBA que agitava um GRAFFITI À LASER na majestosa TORRE DA USINA DO GASÔMETRO. Embalados pelo ALTO da hora, ilustradores, designers, grafiteiros, pixadores e CIDADÃOS COMUNS manobravam o FAIXO de luz que EMANAVA da caneta fantástica elaborada pelo departamento de Comunicação Digital da Unisinos na parte externa da Usina. Fazia frio, já, mas ninguém se importava: o final CATÁRTICO do primeiro dia era apenas um PRENÚNCIO do que estaria por vir. Amanhã é logo ali. E amanhã tem MUITO mais.
PARTE DOIS
Não precisei acordar TÃO cedo no domingo, detalhe que, por si só já me deixou IMENSAMENTE feliz. Mesmo assim confesso que RESMUNGUEI um tanto quando o despertador tocou, pouco depois das 10 da manhã. Durante breve espaço de tempo (bom PARADIGMA) de no máximo 20 minutos, juro que COGITEI despretensiosamente a possibilidade de não COMPARECER à primeira conferência do dia - que, particularmente, eu nem lembrava de quem era. SORTE minha que NÃO o fiz: não eram nem 11h quando adentrei o auditório muito LOTADO perante o qual se apresentava CATARINA GUSHIKEN, oferecendo aquele que, pra mim, seria o MELHOR SOLILÓQUIO do evento, disparado - ou, pelo menos, até aquele momento. A descrição do processo COMPLETO de criação de uma coleção de MODA, das discussões pra elaborar um CONCEITO GERAL até os mais delicados PORMENORES (como o MAKE UP) foi simplesmente FENOMENAL. Two thumbs up for Catarina Gushiken. É assim que se faz.
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Dediquei boa parte dessa manhã à observação dos ESTANDES que COMPUNHAM a constelação completa do Pixel Show, até pra poder FORNECER ao meu leitor um retrato mais ACURADO da situação toda. Pois bem: a situação era a seguinte: além do GOD OF WAR III pra jogar (espaço que hoje foi totalmente OBLITERADO por uma trupe de colegiais rechonchudos), sobrava muito POUCA coisa para se fazer. Esse era, aliás, o CLAMOR popular. Todas as pessoas com quem conversei nesses dias gostaram MUITO do evento, mas sentiram falta de um ALGO mais. Entre as MERCADORIAS de possível aquisição neste Pixel Show estavam roupas, calçados, mochilas e assinaturas de revista. Onde estão os QUADRINHOS? E as ACTION FIGURES? Cadê os WORKSHOPS e as oficinas? Na categoria “atividades para matar tempo”, vale uma menção honrosa ao DUELO DE SORRISOS pela originalidade e ao estande da OGIO por motivos que só aqueles que por lá circularam ENTEDERÃO.
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Uma mudança INESPERADA na ordem das palestras ADIANTOU em muitas horas o CONVERSÊ do colombiano Jorge Restrepo, que ajudou a manter ELEVADÉSIMO o nível dos debates desse segundo dia de Pixel Show. Sua palestra foi ÓTIMA, opinião praticamente UNÂNIME entre os participantes. Parte do sucesso eu credito à igualmente EXCELENTE decisão da organização de DISPENSAR os serviços de um TRADUTOR-INTÉRPRETE, certamente reação à má repercussão do episódio ocorrido um dia antes, com o argentino Pulpo. Mas é uma parte PEQUENA. A verdade é que Restrepo não é apenas dono de uma boa e clara PRONÚNCIA do ESPANHOL, mas sobretudo tem CARISMA. Sabe cativar uma platéia. E tem uma belíssima CONTRAPARTIDA visual para sustentar sua fala. Saturado contra simples e declarações de amor pela TIPOGRAFIA foram pontos altos da conversa.
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Por volta de UMA da tarde decidi voltar A PÉ até meu LAR, com objetivo maior de praticar ALIMENTAÇÃO modalidade ALMOÇO. Enveredei pela Andradas (aka Rua da Praia), deslizando do Museu do Trabalho até o final da Praça da Alfândega. Preciso dizer: rapaz, como as distâncias parecem MAIORES quando as ruas todas estão desertas. Nunca tinha me dado conta de como o movimento de carros e pessoas é ESCASSO ali no meio do DOMINGO. Pudera: eu estava sempre ALMOÇANDO. Quase todo mundo está almoçando do meio-dia às duas de domingo. Quase todo mundo está metendo um CHURRAS. Eu sigo caminhando. No silêncio do Centro, ouço meus passos.
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De volta ao Gasômetro no começo da tarde, sinto mais calor que ontem. Uma boa notícia é que agora se usam daqueles ventiladores que BORRIFAM uma AGÜINHA pra cima da galera no auditório. É exatamente na FRENTE de um deles que me posto. Toda vez que me molho, corro as mãos pela camiseta, conferindo onde é que as gotas foram parar. Não encontro nada: tudo evapora URGENTE, deixando apenas o FRESCOR de manhã MEDITERRÂNEA no ar. Apesar de meus temores, não é MAU o ODOR. Em cima do palco, um TRIO (dois homens, uma mulher) que responde pelo blog ABDUZEEDO faz uma espécie de RAIO X do negócio: histórias pessoais + números atuais = sucesso? Há controvérsias. Muito embora tenha sido uma das atrações mais DESEJADAS desse Pixel Show, a palestra do TRIUNVIRATO dividiu opiniões. Enquanto muitos AMARAM, outros torceram um tanto o NARIZ, achando que a auto-promoção EXTRAPOLOU sensivelmente os limites. Eu, de minha parte, achei tudo bem OK, embora CHATO em alguns momentos.
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Partindo do princípio que os SEGUNDOS serão os PRIMEIROS, é mais do que esperado pensar que os PRIMEIROS serão os SEGUNDOS. Assim sendo, no SEGUNDO dia de Pixel Show, dedico algumas linhas para falar do PRIMEIRO andar da Usina do Gasômetro. Para fins de Pixel Show, o PRIMEIRO andar é um ambiente fundamentalmente focado na INTERAÇÃO. Basicamente há uma enorme PAREDE e por volta de uma DÚZIA e MEIA de telas à total MERCÊ e disposição do público em geral - mais uma VERTENTE dessa poderosa corrente da CUSTOMIZAÇÃO que domina o mundo publicitário em que vivemos. Sobre a PAREDE: foi LINDAMENTE ocupada por TAGS e ilustrações de todos os tipos. Nas telas, intervenções igualmente BELAS de anônimos incríveis ao lado dos traços de gente renomada, como Carol W. Numa discreta sala escura ao fundo, operava com grande procura o GRAFFITI À LASER do Professor Caon - e de todos os entusiastas da Comunicação Digital da Unisinos.
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Depois do almoço de sábado, eu achava mesmo muito pouco provável que a organização conseguisse tirar o Grampá da cama antes do meio-dia. Aparentemente, os DEUSES devem gostar MUITO do nosso protagonista: uma REVIRAVOLTA nos eventos fez com que a sua palestra fosse loucamente REALOCADA, driblando magistralmente o MEIO-DIA inicialmente previsto para acomodar-se no MORNINHO das QUATRO horas da tarde - sabidamente, um dos MELHORES horários do domingo de todos os tempos. Não é à toa que muitas partidas de futebol são disputadas nesse horário. Às quatro e POUCO da tarde, lá foi ele ao palco PATROLAR o universo com seu TROLOLÓ descontraído e bem humorado. Na prática, Grampá fez mais ou menos o mesmo que todos os demais palestrantes: mostrou seu portfólio de forma mais ou menos cronológica, e procurou SALPICAR a narrativa com conselhos, dicas e pequenos INSIGHTS sobre a carreira. A diferença principal, no meu ver, foi a VIBE: Grampá é um cara que sabe RIR de si mesmo. Um cara que não se leva assim tão a sério. Ou talvez um cara que se leva TÃO a sério que nem parece que se leva a sério. Fora isso, a true genious: Rafael Grampá é mesmo um artista SUPERLATIVO.
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Enquanto os últimos agradecimentos eram feitos em tom SOLENE e APOTEÓTICO pelos participantes e organizadores do evento perante uma platéia que permaneceu COESAMENTE lotada durante TODO o evento, meia DEZENA de bons ilustradores-de-muro de Porto Alegre se acotovelava na área VIP por um segundo final pilotando a caneta laser levada pelo Professor Caon (e pela galera da ComDig da Unisinos) ao Pixel Show. Agora, com o projetor montado em local estratégico, os traços ganhavam, literalmente, contornos MONUMENTAIS, alcançando uns bons SEIS METROS de envergadura. O lendário TRUE foi quem melhor se saiu MELHOR manuseando o instrumento (conforme comprova a imagem). Ao mesmo tempo, do primeiro andar, algum ESPERTO com uma caneta de laser igualmente funcional conseguia a surpreendente façanha de ATROPELAR o velho mestre em tempo REAL - e em caráter de BRINKS. Todo mundo ria. Que bom: no fundo, é PRECISAMENTE esse o objetivo, não é mesmo?
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Encerro minhas impressões sobre o Pixel Show admirando, respeitando e apoiando FORTEMENTE a iniciativa e parabenizando entusiadamente todos os envolvidos. Muito embora haja pequenos REPAROS e RESSALVAS a serem feitos aqui e ali, em geral o nível do evento foi ALTÍSSIMO - sobretudo no que diz respeito à programação de palestras. No tocante aos ESTANDES, entretanto, preciso dizer que deixou um POUCO a desejar. As boas galerias de arte customizada (em tempo real ou não) ocuparam o seu espaço e deram seu recado, mas é preciso se dizer que FALTOU dar um viés um tantinho mais COMERCIAL ao evento. A verdade é: haveria MUITOS compradores para itens como quadrinhos, material de ilustração e objetos de design em geral. Fica a dica para eventos futuros. Também acho OPORTUNO reclamar da baixa oferta de BANHEIROS da Usina do Gasômetro - e também da sua REMOTA localização -, mas vamos ficar por aí. Nada disso chegou sequer perto de MANCHAR a linda ATMOSFERA que se TECEU no ambiente. O que realmente IMPORTA é que o papel MAIS fundamental foi muito bem cumprido pelo evento: o Pixel Show facilitou o CONTATO entre algumas das mentes mais criativas do nosso tempo. Botar essa MASSA CRÍTICA em sintonia é algo PODEROSO, e provocará REPERCUSSÕES que talvez nem se possam ESTIMAR direito agora, no calor do momento, mas que CERTAMENTE ainda vão reverberar por MESES e ANOS, nas mais diversas CAMADAS e NÍVEIS. Longa vida ao Pixel Show! Que venga el próximo.
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